Crítica | O Amante de Lady Chatterley – Atriz de ‘The Crown’ Vive Romance Picante em Filme da Netflix

Uma coisa a Netflixpercebeu nos últimos anos: romances picantestêm um grande público. Razão pela qual a gigante do streaming tem investido discreta mas constantemente em produções que envolvam um romance mais caliente aos seus assinantes. Por mais que isso possa parecer novidade para muitas pessoas, não é; a indústria do livro já sabia desse filão há muitos séculos, publicando livros de romance picante em formatos mais acessíveis ao bolso do público, dentre os quais está ‘ O Amante de Lady Chatterley’, romance de D. H. Lawrenceda década de 1920 e que chegou na virada do ano em nova adaptação cinematográfica na plataforma da Netflixe figura entre os mais vistos da plataforma desde então.

A jovem Connie( Emma Corrin, que recentemente fez a Lady Diem ‘ The Crown’) está apaixonada pelo seu noivo, Clifford( Matthew Duckett). Recém-casados, eles mal têm tempo de se curtir, pois Cliffordé enviado para a guerra. O tempo passa e Cliffordvolta da guerra, porém, infelizmente retorna com as pernas paralisadas pelos traumas sofridos. Numa tentativa de recomeçar, o jovem casal se muda para a casa de campo da família de Clifford Chatterley, no interior do país. Porém, o que parecia ser uma boa ideia para uma vida calma a dois rapidamente mostra seus empecilhos, distanciando ainda mais o casal que pouco conseguiu conviver juntos. Impossibilitado de ter filhos, Cliffordsugere que Connieencontre um homem com quem possa se relacionar, para, assim, engravidar, mas com uma única condição: que ele não soubesse quem o tal homem era. A ideia ousada e estranha ganha contornos de liberdade para Connie, especialmente quando passa a conhecer mais a fundo o misterioso e introvertido Oliver( Jack O’Connell), o caseiro da propriedade.

Em duas horas, ‘ O Amante de Lady Chatterley’ abrange bem a essência do romancedo início século XX, dando espaço para apresentação dos personagens e se debruçando muito mais no universo em abismo da protagonista mulher. Ainda assim, curiosamente, o filme (e o livro) levam o nome do amante no título, ainda que a história não seja sobre ele.

David Mageeconstrói um roteiro que favorece a protagonista em todos os quesitos: as angústias de Conniesão retratadas com câmera em close para favorecer a atuação de Emma Corrin; as cenas de sexo demonstram uma relação respeitosa de amor em que Oliver o tempo todo demonstra querer satisfazer a amada, que só então está despertando para o mundo dos prazeres. Laure de Clermont-Tonnerrefaz de seu filme um belo retrato do despertar sexual, em uma época em que a palavra “prazer” ainda não era permitida às mulheres; para tal, as cenas de interação entre os atores Emma Corrine Jack O’Connellsão bastante convincentes, ainda que fictícias: a câmera foca principalmente nas emoções do rosto de Conniee, às vezes, abre o plano para as cenas de sexo em meio à natureza em maneira selvática e afetuosa que a relação dos dois vai eregindo.

Envolvente, ‘ O Amante de Lady Chatterley’ é uma história de amor e de tesão, mas acima de tudo sobre amor, e a (falta) de liberdade que as mulheres (ainda) têm neste departamento. O filme funciona como romance suavemente picante, com ótimas cenas de interação entre os protagonistas. Um clássico da literatura mundial que foi muito bem adaptado em sua nova versão.

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