P
ara começar já aviso que depois de milhares de anos, pelo menos quase seis mil só de tradição judaica e dentre esses quase dois mil de tradição judaico-cristã, não serei eu uma testa brilhosa que de repente descobrir a redondeza da Terra. O que farei ( novamente, pela segunda ou terceira vez nesse mesmo blog ) ´e reunir logicamente algumas conclusões e aí sim, principalmente, apontar as razões pelas quais os dois lados de defensores não gratuitos têm dificuldade em compreender o sentido mais real e portanto mais próximo do que Deus desejaria que tivéssemos compreensão.
Primeiramente há dois lados a serem identificados nessa questão, dois grupos basilares de pessoas, de leitores que tê conhecimento do texto do Gênesis. Os ateus que se destacam os ativistas ateus, aqueles que se dedicam ativamente a estudar o cristianismo e desconstruí-lo, envergonha-lo e negá-lo, para que se possível for fazê-lo deixar de ser seguido e crido pelas pessoas. Não se trata do ateu individual que não crê por ter dúvidas particulares, pessoais relacionados a dogmas, afirmações teológicas, etc. O outro lado é dos que creem, dos crenes, dos cristãos independentemente das igrejas a que pertençam pois de qualquer modo todo o cristianismo se baseai no todo ou em partes da Escrituras judaico-cristãs, dando ênfases a certas partes e trechos e as vezes minimizando ou ignorando outros.
Nesse caso há uma nova divisão: os que aceitam literalmente o texto como ele pode ser lido e os que imaginam que o mesmo texto seja apena suma alegoria e que em tempos de grande cientificismo ( crença exacerbada na Ciência como instituição) para alguns desses religiosos e "crente", "cristãos", os deixariam em mal lençóis, de saia-curta, frente ao mundo do "conhecimento". Esses últimos fazem bizarras e patéticas concessões.Desse modo, um competente físico cristão calvinista, um dos melhores para defender a Bíblia, a existência de Deus contra a mais competente oposição acadêmica científica*, afirma que os dias do Gênesis são literais e ao ser perguntado por que o texto reza "houve manhã, tarde" explica que para haver dia e noite na recente criada Terra, antes da criação do Sol e da Lua não é necessária a "luz", ou antes a existência do Sol. ( vídeo ao final dessa postagem ).
Os interesses são portanto diferentes e inconscientes: aos ativistas do ateísmo se prendem ao fato de ao negar o Gênesis toda a Escritura judaico-cristã é descredenciada limitando-se ao máximo a apenas uma literatura patrimônio da humanidade como toda literatura poética, religiosa ou não produzida ao longo da História humana, sem importância teológica ou ética, ficando assim eliminada uma barreira impostante à desejada neocultura amoral pretendida modernamente. Já os crentes, os cristãos de todas as matizes, sentem uma necessidade de provarem ao mundo acadêmico ao ensino escolar que estão certos as vezes contornando ou ignorando uma análise e uma compreensão mais real.
Vale destacar que como crentes, como cristãos, não nos importa se compreendemos totalmente o texto bíblico e não nos sentimos obrigados a dar uma resposta ao mundo acadêmico, científico ou a quem seja, pois a nossa fé não se baseia ( e não pode ) se basear na opinião de quem, preconceituosamente, já decidiu nem sob a mais científica análise acatar o relato bíblico. O problema para esses outros não é o teto do Gênesis mas as declarações morais de todo o restante das Escrituras.
Evidentemente é também natural o encontro amistoso e um exercício prazeroso para ambos os lados nos famosos debates acerca do tem e do que defendem pessoas das duas diferentes e opostas posições. Internamente, agora, entre os próprios crentes, cristãos ou judeus, um permanente exercício de compreensão do Gênesis, particularmente dos seus primeiros capítulos. Eventualmente também pregadores, pastores e padres além de teólogos podem ser por força de suas pregações, prédicas e ensino a serem questionados e terem de expor detalhes sobre o tema e texto bíblico.
Antes de tecer algo acerca do texto do gênesis, quero usar como exemplo necessário, a famosa equação: E=mc2. Essa é a mais célebre equação científica do século 20 e foi desenvolvida por Albert Einstein. Aparentemente ou de fato simples, pode ser copiada, reproduzida mas não pode ser compreendida sem maiores e complexas informações e conhecimento. Logo o texto simples de Gênesis não pode ser idealmente compreendido sem informações literárias, contextuais sem também não esquecer-se que não pode ser compreendido unicamente sobre a ótica moderna temporal de uma pessoa mediamente culta do século XXI.
Não se trata de modo algum de ignorar ao conhecimento humano que a humanidade possui hoje sobe o Universo mas de reconhecer ainda nem mesmo a Ciência possui hoje respostas comprovadamente que invalidem as afirmações do texto do Gênesis. Há ainda o fato de que o texto de Gênesis foi escrito de modo a ser atemporal, para informa r não por informar simplesmente mas para produzir conhecimento de Deus diferentemente de outra equação do grande Albert Einstein, que lhe dera inclusive o seu premio Nobel. De um modo ou de outro ao olharmos para uma das famosas equações do gênio Albert Einstein elas parecem simples mas somente físicos e matemáticos podem perceber a sua real profundidade. Do mesmo modo o texto dos primeiros e decisivos capítulos do Livro de Gênesis.
Algo que fica de fora da análise preliminar é um dado muito relevante: o Gênesis fora escrito primeiramente para os judeus e não para o judeu de hoje ou de uma época um pouco mais atrás na história humana. Fora escrito para um ageração que descendia de outras gerações, cerca de quarenta ou mais que crescera, se tornara adultos e morreram pelo menos ouvindo uma outra cosmologia, a cosmologia egípcia.
Vamos esclarecer algo para ajuda-lo a entender esse fato, essa realidade: um protestante ao pregar a um católico romano se baseará na cosmovisão católica para rebatê-la. O mesmo faria um católico romano ao fazer prosélito um protestante. Um cristão a um muçulmano ou vice-versa. Um Testemunha de Jeová a um Batista, um adventista a um Pentecostal, um arminiano a um calvinista e/ou vice versa. Ou seja para demover outro de parte ou totalmente de suas crenças é usar de um paralelo entre o que quem convence creia e quem será convencido creia.
Logo o autor do Gênesis, ou pelo menos o compilador, o libertador Moisés, não escreveram para nós, pela simples impossibilidade de saber o que modernamente acreditamos. Moisés escreveu para os judeus saídos do Egito. Logo para entendermos mais aproximadamente o que o texto de Moisés deseja nos dizer, tempos que conhecer qual era a cosmovisão que Moisés desconstruiria no seu próprio povo, povo o qual foi imposto uma outra e estranha cosmovisão, naturalmente estranha aos descendentes de Abraão.
Assim como as pragas contras o Egito e ao Faraó desconstruíam pedagogicamente as crenças e divindades egípcias, igualmente o relato dos primeiros capítulos do Livro de Gênesis. E qual era essa cosmovisão?
A COSMOVISÃO EGÍPCIA ( EM RESUMO )
Para os Egípcios a Terra, não o planeta, mas a terra conhecida por eles, era algo no meio de águas, no meio de um oceano, acima dessa terra seca, uma abóbada úmida curva e líquida e acima dessa cúpula líquida um outro céu onde a luz e o próprio Sol não poderiam atingir. E um anti-céu onde o Sol viajava à noite até achar o seu caminho a cada manhã.
Logo ao falar da Criação para o povo judeu, para o seu povoo, Moisés teria que se guiar exatamente naquilo que eles tinham ouvido durante tanto tempo da boa e por intermédio dos egípcios. Se hoje os cristãos pretendessem de posse da revelação divina escrever um capítulo baseado no que a Ciência acredita teríamos que seguir o mesmo caminho, para ser um livro de nossa época. Falta entretanto um detalhe: a revelação é de natureza diferente da descoberta científica.
Por exemplos fatos antes da existência humana não podem ser testemunhados por uma razão óbvia, nós não estávamos presentes para testemunhá-los. Logo como o primeiro casal fora criado ou como o nosso planeta nasceu só pode estar no Livro de Gênesis por terem sido revelados por alguém. Por suposição Adão e Eva poderiam contar a sua própria história e a partir dela mas nada sobre antes. Do mesmo modo a chamada Ciência pode supor inúmeras coisas, algumas mais lógicas e outra nem tanto, sendo essas últimas tão problemáticas como as mesmas acusadas pela ciência ditas pela religião como mitos ou imaginativas. Sim a propalada Ciência tem não poucos arroubos de pura imaginação com pouca ou muitas vezes nenhuma lógica razoável, as pessoas comuns é que não se dão conta disso.
Por outro lado muitas das mais revolucionárias descobertas humanas, nascidas da genialidade de um único cérebro, parecem e de certo modo podemos afirmar, são de algum modo "divinamente reveladas" para o bem e desenvolvimento da própria humanidade como um todo. Alguém poderia razoavelmente duvidar disso?
Pois bem, como eu dizia, Moisés no início do Gênesis desconstrói e corrige a cosmovisão egípcia ouvida por séculos pelo povo judeu.
A primeira declaração é que não fora nenhum dos deuses egípcios o responsável pela existência de todas as coisas:
א ב ראשית ברא אלהים את השמים ואת הארץ
Gênesis 1:1
1No princípio criou Deus os céus e a terra.
A afirmação é peremptória: Deus ( no original hebraico Elohim, plural, de dignidade mas também de pluralidade singular que se opõe e nega os 740 deuses egípcios!) criou duas coisas: os CÉUS e a TERRA.
Céus e Terra são dois sistemas prontos e distintos, a Terra é o lugar da humanidade, dos homens e de todos os seres vivos que fazem parte do convencionalmente chamamos de "natureza". Essa"Terra" não é a Terra dos egípcios, mas toda a Terra ou ainda a Terra que poderia ser descoberta e conhecida, muito maior que a apreendida pela cosmovisão egípcia.
Essa mesma Terra não era resultado de conflitos antropológicos entre os deuses egípcios, a certa altura nove importantes. Essa Terra é um objeto, sobre o qual se diz ser informe e sem nada, vazia.
Gênesis 1:2a
"2A terra era sem forma e vazia;"
e Gênesis 1:2b
"e havia trevas sobre a face do abismo, "
Sobre essa segunda revelação bíblica, a descrição não corresponde a visão de alguém que veja um abismo da borda do mesmo, mas de alguém que vê o abismo a partir de seu fundo ( olhando para cima, para o céu ). Deve-se entender a Terra como um objeto que flutua acima de um abismo. Dessa forma o observador acompanha o objeto "Terra" a partir de um ponto mais baixo e o vê confrontado com um abismo invertido acima dele ( não parece uma visão mais coerente com o que sabemos hoje?)
Gênesis 2c nos informa:
" mas o Espírito de Deus pairava sobre a face das águas."
Temos a informação de uma atividade desconhecida e inusitada tão diferente dos desencontros entre as divindades imaginadas e cridas pelos egípcios e ouvidas por quarenta gerações de descendentes de Abraão.
Na Terra objeto, um atividade externa a ela mesma, advinda do próprio Criador estaria acontecendo e somos informados que há um elemento historicamente crido como fonte de vida em todos os povos e aceito pela chamada Ciência moderna como essencial à vida: a água.
Cientificamente pode haver água onde haja pouca ou nenhuma luz? as mais recentes descobertas científicas no longínquo planeta Plutão comprovam lá e em outras regiões do espaço da singular e importante substância: água!
Obviamente Gênesis 1:1
é uma resposta a pergunta simples e objetiva: Como todas as coisas vieram a existir? mais exatamente a terra onde estamos ( que nem se chamava "Terra" com "T" maiúsculo ) e o Céu, firmamento que vemos igualmente acima de nós. Deus fez todas as duas coisas! Há apenas mais de três décadas a Ciência abandonou a crida por ela, a chamada "eternidade da matéria" e portanto do Universo!
Logo na Bíblia já tínhamos e temo a afirmação que as coisas, o Universo e a própria matéria tiveram um começo, uma gênesis, um princípio e portanto não são eternas!
A partir do verso 3 de Gênesis 1
temos portanto uma descrição, do ponto de vista da Terra, do processo de organização da Terra e a criação das condições para que a vida como a conhecemos viesse a existir nela.
Imaginemos portanto alguém sobre a Terra e imagens que estejam sendo passadas diante de seus olhos descrevendo a organização dessa Terra antes sem forma e vazia, que numa etapa anterior tinha apenas água, como já dito, a substância essencial à vida. Surgem aí questões que não deveriam surgir como por exemplo, dias de vinte e quatro horas, uma sustentação incompleta e em nada sustentável pelo que a verdadeira Ciência tenha aprendido e que até do ponto de vista teológico é absolutamente irrelevante, pois Deus pode todas as coisas, portanto poderia criar tudo m dias literais ou não, instantaneamente ou demoradamente. Deus não tem nenhuma limitação, portanto não é essa a questão!
Gênesis 1:3,4 e 5 reza:
3Disse Deus: haja luz. E houve luz. 4Viu Deus que a luz era boa; e fez separação entre a luz e as trevas. 5E Deus chamou à luz dia, e às trevas noite. E foi a tarde e a manhã, o dia primeiro.
A ciência afirma, por projeção, que os dias iniciais do planete Terra forma muito menores que os dias atuais de pouco mais de vinte e quatro horas e que o planeta foi desacelerando de modo a adequar a sua rotação e translação para propiciar as condições exatamente adequadas à toda a vida no planeta Terra em que vivemos.
No verso de Gn 3:
há a informação de que deva surgir a luz! e o modo como essa luz surge pela palavra, pela declaração de Deus! os versos 4 e 5 nos informam acerca da divisão natural e determinação de um período de luz tão determinante e exato não só para existência e manutenção da vida no planeta, algo comprovado de modo inquestionável pela Ciência.
Notem que isso nada tem a ver com as "trevas sobre
a face do abismo"
que constitui o vazio e a escuridão do espaço, onde a Terra, como objeto vagueia. As trevas ou a escuridão do espaço já existia antes da organização de um período diurno e noturno. Em suma: houve sim um dia número um que esse tempo foi determinado e passou a valer.
Os versos seguintes Gn 1:6, 7 e 8
6 E disse Deus: haja um firmamento no meio das águas, e haja separação entre águas e águas.
7 Fez, pois, Deus o firmamento, e separou as águas que estavam debaixo do firmamento das que estavam por cima do firmamento. E assim foi. 8 Chamou Deus ao firmamento céu. E foi a tarde e a manhã, o dia segundo.
O que encontramos agora é uma descrição da organização das substâncias ( ar, água, terra ) de maneira a criar condições a cada uma das espécies vivas a serem criadas na Terra. Essa descrição é do ponto de vista humano, como disse do ponto de vista de alguém em que um filme dos processos de criação e organização da Terra estão seno mostrados.
O interessante é que, o que gera a maior polêmica, é exatamente a descrição dos dias literais ou não, há pessoas que recorrem ao hebraico, etc, etc, tentando uma melhor esclarecimento. O ponto não é esse, embora o hebraico , para quem pode lê-lo no original seja algo definitivamente enriquecedor. A partir do verso de Gn 1:5
não parece a palavra "noite" mas apenas "tarde e manhã". Curiosamente dá uma ideia de fim de um período e início do outro sem o intervalo que seria natural: "noite".
Logo não se trata de um dia literal, pois um dia literal seguiria a ordem: "noite, manhã e tarde" ou ainda "manhã, tarde e noite". É interessante também que somente no vero de Gn1:14 e 15 temos a informação da criação dos "luminares".
14 E disse Deus: haja luminares no firmamento do céu, para fazerem separação entre o dia e a noite; sejam eles para sinais e para estações, e para dias e anos; 15 e sirvam de luminares no firmamento do céu, para alumiar a terra. E assim foi.
Logo, não se trata de uma descrição cronológica mas funcional. Erroneamente se lê todos os versos de Gn1
como se os fatos narrado s todos, sem exceção, fossem narrados na exata medida em que se sucediam.
Isso é facilmente percebível nos versos seguintes:
16 Deus, pois, fez os dois grandes luminares: o luminar maior para governar o dia, e o luminar menor para governar a noite; fez também as estrelas. 17 E Deus os pôs no firmamento do céu para alumiar a terra, 18 para governar o dia e a noite, e para fazer separação entre a luz e as trevas. E viu Deus que isso era bom.
Dessa forma, cada "tarde e manhã" corresponda razoavelmente a uma descrição de dois períodos com características distintas facilmente compreensíveis aos egípcios e aos judeus contemporâneos de Moisés. Uma informação importante e necessária é que os Egípcios organizavam o seu tempo e nos legaram isso, em múltiplos de 6: um dia tinha 24 horas ( 6 x 4), o mês 30 dias ( 6 x 5 ) e o ano 12 meses ( 6 x 2 ).
Os egípcios ou pelo menos o Egito era o berço do conhecimento, muitos deles importantes e legados a nós e não superados embora entre nós e eles haja uma diferença de cerca de quatro mil anos. Era justamente a esse poderoso povo guardião de conhecimentos tão importantes e comprovados que Moisés deveria se contrapor e desconstruir na mente de cada descendente de Abraão que em muitas questões o Egito e os egípcios estavam errados!
O ano civil era composto de 12 meses de 30 dias cada, mais 5 dias adicionais, ao final de cada ano, correspondente aos aniversários dos deuses Osíris, Hórus, Ísis, Néftis e Seth, totalizando 365 dias. Esse ano civil foi dividido em três estações: tempo da inundação, tempo da semeadura e tempo da colheita. Isso há seis mil anos foi tao eficiente que usamos basicamente a mesma medição.
A divisão do dia em 24 horas (do pôr-do-sol ao pôr-do-sol) deve-se aos egípcios, apesar da sua duração variar em cada época do ano, pois dividiam o período claro em 12 horas e o período escuro também. A divisão da hora em 60 minutos e do minuto em 60 segundos foi resultado do sistema sexagesimal usado na antiga Babilônia, posteriormente utilizado no Egito.
A princípio, os egípcios utilizaram o Sol para medir as horas ao longo do dia.
Os egípcios também desenvolveram outros instrumentos de medição do tempo, entre eles o relógio de água.
O principal objetivo da construção desse tipo de relógio era a medição do tempo durante a noite, ou quando não havia Sol. Foram desenvolvidos dois tipos principais, em que a água fluía para fora ou para dentro, respectivamente, de um vaso graduado. Dependendo do nível em que a água se encontrava, podia-se determinar a hora. Posteriormente, o relógio de água foi chamado de clepsidra pelos gregos.
Os egípcios tinham total consciência da influência dos acontecimentos naturais em suas vidas. Os ciclos da Lua, do Sol, das Estrelas e o fluxo do Nilo foram de suma importância para a formação dos calendários e de seus festivais. Ao contrário dos calendários que usamos hoje, os egípcios tinham pelo menos três sistemas diferentes, simultaneamente, ligados entre si através de uma série de eventos celestes. O egiptólogo Richar Parker denominou o calendário que regulamentava assuntos mundanos de “calendário civil”, muito embora as festividades fossem baseadas no calendário lunar.
E aí temos um dado importante que nos ajuda a compreender porque Moisés guiado por Deus institui 6 dias mais 1 dia de descanso:
No calendário “civil” egípcio, o ano era dividido em 12 meses de 30 dias, sendo cada mês formado por 3 "semanas" de 10 dias, em um total de 360 dias por ano, acrescidos de 5 dias especiais para homenagear os deuses Hórus, Seth, Ísis, Osíris e Néftis. Esses 5 dias não estavam incluídos no calendário civil e, portanto, eram apenas dias religiosos. Eram chamados de Heriu-renpet e na teoria correspondiam ao décimo terceiro mês lunar.
Logo os hebreus deveriam agora aprender que o mês não se divide em três blocos de dez dias, mas em quatro de sete dias, sendo seis para o trabalho e um para descanso e dedicação ao Senhor Deus , o verdadeiro criador de todas as coisas e não os muitos deuses do Egito de onde saíram e foram assim libertos da escravidão.
A não citação da palavra "noite" e apenas "tarde e manhã" talvez se explique porque para os egípcios, todas as noites, quando o sol se punha, significava que Rá travaria mais uma grande batalha contra a serpente do caos, Apópis. Segundo o Amduat, que significa “O livro de como é no submundo”, que apareceu completo pela primeira vez na tumba de Tutmés III, no Vale dos Reis, o submundo era dividido em 12 horas que Rá precisava enfrentar para no outro dia reaparecer novamente no horizonte, saindo vitorioso de mais uma batalha. O Amduat dava detalhes do que o deus iria encontrar durante a jornada de 12 horas no Duat. Duat era um lugar de trevas onde existiam diversos demônios, conhecido também como submundo. Imagine a memória naturalmente supersticiosa após tanto tempo de exposição à influência teológica egípcia na qual Moisés fora instruído e talvez muitos hebreus mais íntimos da alta sociedade dos faraós como servos no palácio. Imaginar uma batalha divina noturna seria muito fácil para mentes influenciadas por essa cultura.
Logo na narrativa do Gênesis da criação não há noite, embora obviamente ela já existisse para a própria manutenção do planeta Terra. Ou seja o planeta já girava em seu período natural e favorável á vida e tudo o mais, havendo dias e noites como há hoje, mas as diferentes etapas razoáveis de organização do planeta elas são objetivamente, as noites, omitidas. Logo essas "tardes e manhãs" referem-se à períodos mais plenos e iniciais de cada processo.
Notemos agora que a criação da vida, na ordem lógica em que aprecem sendo criados, só ocorre de fato, após a organização física do planeta, como vemos nos versículos seguintes:
20 E disse Deus: Produzam as águas cardumes de seres viventes; e voem as aves acima da terra no firmamento do céu. 21 Criou, pois, Deus os monstros marinhos, e todos os seres viventes que se arrastavam, os quais as águas produziram abundantemente segundo as suas espécies; e toda ave que voa, segundo a sua espécie. E viu Deus que isso era bom. 22 Então Deus os abençoou, dizendo: Frutificai e multiplicai-vos, e enchei as águas dos mares; e multipliquem-se as aves sobre a terra. 23 E foi a tarde e a manhã, o dia quinto.
Primeiramente vida nas águas ( versos 20 e 21
), os anfíbios ( que se arrastavam ) posteriormente ou logo imediatamente após, vida na terra mas que dominasse os ares.
23 E foi a tarde e a manhã, o dia quinto.
24 E disse Deus: Produza a terra seres viventes segundo as suas espécies: animais domésticos, répteis, e animais selvagens segundo as suas espécies. E assim foi. 25 Deus, pois, fez os animais selvagens segundo as suas espécies, e os animais domésticos segundo as suas espécies, e todos os répteis da terra segundo as suas espécies. E viu Deus que isso era bom.
Logo é bastante pertinente que os dias não sejam de vinte e quatro horas, não pela impossibilidade de sê-los mas como uma descrição lógica que demonstra o caráter e o planejamento e avaliação do próprio Deus em seu processo criativo e eficiente, perfeito. Se havia o caos no início ou o há em todo o universo compreendido hoje, a Terra foi objeto de ordenação de Deus. Não há acaso, conflito ou nenhuma forma de acidente. Voltando um pouco atrás na narrativa e com base no que a verdadeira Ciência sabe hoje, a distância da Terra ao Sol, a distância da Lua e a sua existência, são prova de uma grande exatidão que de modo algum podeira ser fruto de um acaso e nem tão pouco alguma experimentação.
Versos Gn 1:16-18
16 Deus, pois, fez os dois grandes luminares: o luminar maior para governar o dia, e o luminar menor para governar a noite; fez também as estrelas. 17 E Deus os pôs no firmamento do céu para alumiar a terra, 18 para governar o dia e a noite, e para fazer separação entre a luz e as trevas. E viu Deus que isso era bom.
Por HelvécioS. Pereira*
*graduando em teologia cristã bíblica
CONTINUA EM UMA PRÓXIMA POSTAGEM!
Reflexões acerca do que a Bíblia revela e declara sob a ótica cristã autêntica. Nada porém substitui a leitura pessoal da Bíblia, a inerrante Palavra de Deus. LEIA A BÍBLIA! Salmos 119:105 Lâmpada para os meus pés é tua palavra, e luz para o meu caminho.
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sábado, 29 de dezembro de 2018
quarta-feira, 12 de outubro de 2011
UMA ÚNICA ESCOLHA É NECESSÁRIA
D
iante de nós, todos os seres humanos vivos hoje em toda a terra, e dos que nascem todos os dias em todos os lugares, é colocada a oportunidade única e indisfarçável de conhecer o mundo a sua volta e de conhecer-se a si mesmo. Trocando em miúdos: significa que você pode nascer e morrer sem imaginar nem de longe quem você é e como é o mundo em que teve a oportunidade, de por pouco ou muito mais anos, viver da forma que lhe foi possível de um modo ou de outro.
Trata-se de fato de uma experiência pessoal e intransferível, palpavelmente única, que pode ter um investimento e ótimo resultado ou nulo ou ainda pior: um desastroso final. Como suporte a essa experiência única, temos na cultura em que nascemos ou vivemos parte importante de nossas vidas, a própria época ou situação histórica, uma religião ou todas as religiões a nossa volta, a ciência e todo o conhecimento acumulado, todas as limitações, sejam étnicas, de gênero, políticas, econômicas e as estritamente pessoais. Junte-se a isso as nossas escolhas feitas dentro das possibilidades restritivas a nossa volta, restritivas pessoais ( biológicas, de saúde, etárias, etc ) e restritivas advindas de nossas crenças mais pessoais.
Segundo o cristianismo mais ortodoxo, melhor ainda segundo o que é revelado claramente nas Escrituras, na Bíblia Sagrada, ao final de uma vida, será cobrada de cada pessoa não só uma vida justa segundo os padrões de Deus ( e muita gente se esuqece disso sumáriamente ) mas primária e principalmente, se o tal não fez de Deus mentiroso rejeitando a oferta e a exortação de crer nEle, como Deus encarnado e que reconcilia o homem consigo mesmo.
Mesmo que seja através de uma aparentemente estranha história, a de um carpinteiro que durante trinta e três anos viveu entre nós a aproximados dois mil anos atrás. Que mais estranhamente não era um homem santificado, o homem iluminado, um homem ascendido a uma espiritualidade, mas O Deus o próprio encarnado, embora esvaziado de Si mesmo, assemelhado a um homem que se fez formiga para falar com as formigas em um formigueiro ( se isso fosse possível a nós por nós mesmos ). A história da cruz é loucura, Paulo fala dela desse modo. Entretanto é mais sábia que a mais sábia sabedoria humana, mesmo a nosso franco cotragosto.
Esse Deus, encarnado no Jesus Cristo real e não somente histórico, prometeu que ressuscitaria no último dia a todo o que nEle cresse, independente de quem tenham sido esses homens e mulheres, onde e como tenham vivido, e de que pecados sórdidos tenham cometido em suas vidas. A todos entretanto, que desprezasse essa, que deveria ser uma Boas Notícia ( Evangelho em grego ) seria sumariamente condenados no dia do Juízo Final. Essa verdade máxima pode ser conhecida em uma simples declaração de sua própria boca em João 3:16.
Mesmo que seja através de uma aparentemente estranha história, a de um carpinteiro que durante trinta e três anos viveu entre nós a aproximados dois mil anos atrás. Que mais estranhamente não era um homem santificado, o homem iluminado, um homem ascendido a uma espiritualidade, mas O Deus o próprio encarnado, embora esvaziado de Si mesmo, assemelhado a um homem que se fez formiga para falar com as formigas em um formigueiro ( se isso fosse possível a nós por nós mesmos ). A história da cruz é loucura, Paulo fala dela desse modo. Entretanto é mais sábia que a mais sábia sabedoria humana, mesmo a nosso franco cotragosto.
Esse Deus, encarnado no Jesus Cristo real e não somente histórico, prometeu que ressuscitaria no último dia a todo o que nEle cresse, independente de quem tenham sido esses homens e mulheres, onde e como tenham vivido, e de que pecados sórdidos tenham cometido em suas vidas. A todos entretanto, que desprezasse essa, que deveria ser uma Boas Notícia ( Evangelho em grego ) seria sumariamente condenados no dia do Juízo Final. Essa verdade máxima pode ser conhecida em uma simples declaração de sua própria boca em João 3:16.
Essa adesão, mas não somente uma adesão, mas de fato mais do que isso, uma crença nessa informação ( algo que de fato é, o Evangelho é uma notícia, essencialmente uma informação ) promove uma conversão, uma ação por parte do homem em direção a Deus, biblicamente semelhante a atitude do filho pródigo ( filho rico ) registrado na Parábola do Filho Pródigo, um dos ensinos maravilhosos saídos da própria boca do Senhor Jesus. O homem cai em si e decide por si mesmo reconciliar-se, pedir e receber o perdão do Pai ( Deus ). O resultado ( e não o propulsor disso como defendem por se enganarem alguns cristãos e crentes ) é o Novo-nascimento e a Regeneração cuja perseverança na fé é certamente a Salvação eterna e definitiva nos céus ao lado de Deus para sempre.
Embora soe fantasiosa aos ouvidos e mentes não religiosas, concorra e seja incompatível com outras teologias fruto da imaginação humana somente, é a única e de fato será a definitiva prova de sua veracidade no Grande Dia, no Juízo Final. Logo a prova dessa verdade se encontra sumariamente no futuro, do qual não se sabe futuramente o dia nem a hora, algo que as demais religiões não têm alcance e portanto nem prova de sua "verdade". De fato o cristianismo não tem mais provas definitivas ( nem prescinde delas ) que as demais cosmologias, dai o próprio Senhor Jesus ter dito certa vez a Tomé, aquele que ficou famoso pela sua "incredulidade" ( ou raiva? ): "Bem-aventurado os que não viram e creram!"
Quem não crê no Evangelho como é revelado nas Escrituras, na Bíblia Sagrada, embora tenha o direito legítimo de fazê-lo (não crer no Evangelho ) não tem, de fato uma boa carta na manga, ou seja, é temerário "pagar para ver" quando não puder mudar o seu próprio destino na eternidade.
Contudo preocupa-me crescentemente a cada dia, a cada visita na web, a cada constatação do que grande parte dos crentes dizem sobre o cristianismo, de que embora fato e ação legítima, se de fato tiveram uma experiência de ouvir o Evangelho, crer nele, arrependimento genuíno, novo-nascimento e regeneração, como podem transformar a experiência e vida cristã em algo essencialmente religioso, denominacional, teológico ( no mau sentido ), profissional, partidário, secular, estrategista, e tome quantas alcunhas menos espirituais puder-se achar, embora não necessariamente ilegítimas ( repito ) mas desnecessárias espiritualmente. Esse tipo de cristianismo é filosófico e ideologica e organizacionalmente complexo, de relações artificialmente e secularmente complexas, ineficiente espiritualmente, embora muito de trigo se encontre, cresça e sobreviva a esse imenso joio.
O pior é que você pode, legitimamente ( repito ) se ocupar com esse enorme peso religioso. Enviei a um querido irmão ( O Jorge F. Isha, do bog Kálamos ) um link que trazia uma informação real, portanto correta e passível de ser conhecida, por algum tipo de crente, que era a de que "batistas" não são "reformados" após ter lido duas postagens feitas por ele em seu blog, registros de duas ótimas aulas sobre a importante confissão batista de 1689 - a questão de batistas não serem reformados é de outro articulista.
São coisas legítimas, e irmão Jorge ( do blog Kálamos ) e o outro irmão não estão errados em abordá-los. A reflexão a seguir não é por causa do que disseram em seus respectivos textos, mas na enorme parte dos textos cristãos encontrados frequentemente na web. Li tantas vezes, ainda leio e os encontro sempre, e li alguns novamente hoje, feriado no Brasil, em vários blogs e sites cristãos, sobre uma série de coisas, algumas correlatas e outras desconexas e controversas, sobre vários assuntos que me fez pensar: que tipo de crente é esse que tem que se especializar em tantos e complexos assuntos? ( normalmente relacionados na sua maioria a posicionamentos, visões particulares, acusações ao ouros grupos, opiniões pessoais, depoimentos pouco claros, dúbios, formas erráticas de expressão, e um monte de informações que não promovem edificação a nenhum novo ou velho convertido ).
Não falo dos dois irmãos supra citados que é um outro caso. Não é o que escreveram sobre, mas sobre as diversas situações factuais reincidentes e colocadas diante do viver cristão atual. Claro, por isso e para alimentar essa postura, é bastante provável que um crente novo, ou ainda com décadas de vida cristã, venha ouvir o "canto da sereia" e perder facilmente o foco. Não se trata de proibir que algo seja abordado, mas de avisar que não se trata da melhor escolha. Se não temos todo o tempo que gostaríamos de ter para aprender e fazer o que é de fato certo diante de Deus, que invistamos espiritual e exclusivamente, naquilo que Deus espera que façamos de melhor.
São coisas legítimas, e irmão Jorge ( do blog Kálamos ) e o outro irmão não estão errados em abordá-los. A reflexão a seguir não é por causa do que disseram em seus respectivos textos, mas na enorme parte dos textos cristãos encontrados frequentemente na web. Li tantas vezes, ainda leio e os encontro sempre, e li alguns novamente hoje, feriado no Brasil, em vários blogs e sites cristãos, sobre uma série de coisas, algumas correlatas e outras desconexas e controversas, sobre vários assuntos que me fez pensar: que tipo de crente é esse que tem que se especializar em tantos e complexos assuntos? ( normalmente relacionados na sua maioria a posicionamentos, visões particulares, acusações ao ouros grupos, opiniões pessoais, depoimentos pouco claros, dúbios, formas erráticas de expressão, e um monte de informações que não promovem edificação a nenhum novo ou velho convertido ).
Não falo dos dois irmãos supra citados que é um outro caso. Não é o que escreveram sobre, mas sobre as diversas situações factuais reincidentes e colocadas diante do viver cristão atual. Claro, por isso e para alimentar essa postura, é bastante provável que um crente novo, ou ainda com décadas de vida cristã, venha ouvir o "canto da sereia" e perder facilmente o foco. Não se trata de proibir que algo seja abordado, mas de avisar que não se trata da melhor escolha. Se não temos todo o tempo que gostaríamos de ter para aprender e fazer o que é de fato certo diante de Deus, que invistamos espiritual e exclusivamente, naquilo que Deus espera que façamos de melhor.
Eu não gostaria, e as vezes penso, que a época em que me converti foi melhor que a de hoje, no depender desse tipo de informação e desse tipo de formação "espiritual" fartamente oferecida, ofertada, disponibilizada irresponsavelmente. Tive alimento espiritual, digamos mais puro, direcionado para aquilo que é de fato importante. A "zona" atual, para ser delicado e não diminuir o estrago, embora haja ganhos, e mesmo assim muita perda, não me faria tão bem. Essa bagunça atual não me afeta tanto, só é frustrante.
Digo isso verdadeiramente, mas penso nos que chegam a cada dia, nas igrejas. Nos que se vão, nos que empacam nas suas vidas cristãs, nos que se escandalizam, nos que se desviam da verdade, a si e a outros após si mesmos. Pela minha visão, nem é culpa de alguma igreja ou denominação em particular, mas pessoal, individual, de cada um que conhece a verdade e se dispõe a conhcê-la melhor, a vivê-la melhor. Pois parece, e talvez seja de fato, improvável que se alguém tem algum nível de comunhão com o próprio Senhor, não consiga distinguir no dia a dia a sua mão direita da sua mão esquerda.
Digo isso verdadeiramente, mas penso nos que chegam a cada dia, nas igrejas. Nos que se vão, nos que empacam nas suas vidas cristãs, nos que se escandalizam, nos que se desviam da verdade, a si e a outros após si mesmos. Pela minha visão, nem é culpa de alguma igreja ou denominação em particular, mas pessoal, individual, de cada um que conhece a verdade e se dispõe a conhcê-la melhor, a vivê-la melhor. Pois parece, e talvez seja de fato, improvável que se alguém tem algum nível de comunhão com o próprio Senhor, não consiga distinguir no dia a dia a sua mão direita da sua mão esquerda.
Eu sei que a primeira igreja batista no Brasil foi inaugurada em uma loja maçônica, meu pai é maçom, e sei o quanto a maçonaria nada tem de cristã e bíblica, que os cristãos como igrejas independentes e denominações cometeram toda a sorte de erros ( e ainda comentem ) e que não há uma igreja ou denominação completamente isenta de um certo lado obscuro, que quem ainda vê as denominações e procura um igreja perfeita em particular, está labutando em vão e buscando uma miragem, mas que a despeito de tudo, Deus tem salvado pessoas, em todos os dias, em todos os lugares, desses que aparentemente sejam os dias mais próximos de Sua vinda, e que o Evangelho bíblico é a verdade a ser abraçada, crida, e recebida urgentemente por todos e por qualquer um, e que particularmente, uma igreja evangélica, por mais capenga que seja, por várias e reais razões, é o lugar ( o único embora não imprescindível ) que oportuniza a melhor condição para isso.
Não perca tempo, nem energia, com aquilo que muitas vezes até legítimo, não é de fato, de modo nenhum essencial para a sua vida cristã. Você e eu só precisamos da Bíblia e da oração.Tudo o mais pode ajudar ( embora nem sempre ) e se todos os demais suportes deixarem de cumprir o seu papel, lembremos de Daniel, numa terra estranha, num reino que não era um reino segundo a vontade de seu Deus, mas que guardava na sua experiência, algo essencial: a comunhão com o Seu Deus, com o Deus que deve ser e é, o Nosso Deus hoje. Todos os saberes, todo o conhecimento legítimo repito, trânsito religioso, toda a cultura teológica, não são páreo e nem substituem a intimidade com Deus que tem duas mãos, ou seja uma via de ida e de vinda: eu falo com Deus e Ele me ouve, mas Ele também fala ao meu coração, e tenho de ser guiado, corrigido, ensinado por Ele. Deus não é um objeto, um ligar, uma celebridade, do qual apenas se fala ou se descreve.
O mundo inteiro fala de Deus de algum modo e em algum nível de abordagem, e nisso se incluem os cristãos e especificamente todos crentes evangélicos, mas isso não basta. Ele ( Deus ) tem que falar comigo, tem que haver de fato, concretamente um relacionamento, uma comunhão. E a mim cabe de algum modo manter essa ligação, com as duas pontas, os dois lados, se comunicando o tempo todo. Não é o que eu acho acerca de Deus, que seja o mais importante, mas o que Ele acha de mim, secreta e individualmente. Cristianismo verdadeiro não consiste na experiência religiosa estritamente visual e publicamente reconhecível ( pelo menos culturalmente, socialmente ) mas comunhão real com Deus.
Não há como ser melhor crente baseado em conhecimento, vivência denominacional, cristianismo partidário ( partidário eclesialmente, sectariamente doutrinário apenas ). Posso ser um bom reformado, um bom batista, um bom adventista, um bom pentecostal, um bom neopentecostal, e mais um leque enorme de posições e compreensões legítimas relacionadas ao cristianismo bíblico, e posso fazer todas essas escolhas e dizer: sou isso ou aquilo. Mas não é essa experiência, simplesmente essa opção por si mesma, que possibilita alguém nem mesmo ser cristão ou crente, mas unicamente a da conversão genuína. E é justamente essa que não pode ser relativizada e substituída por nenhuma prática, ainda que seja legitimamente cristã e cultural e historicamente evangélica.
Não há como ser melhor crente baseado em conhecimento, vivência denominacional, cristianismo partidário ( partidário eclesialmente, sectariamente doutrinário apenas ). Posso ser um bom reformado, um bom batista, um bom adventista, um bom pentecostal, um bom neopentecostal, e mais um leque enorme de posições e compreensões legítimas relacionadas ao cristianismo bíblico, e posso fazer todas essas escolhas e dizer: sou isso ou aquilo. Mas não é essa experiência, simplesmente essa opção por si mesma, que possibilita alguém nem mesmo ser cristão ou crente, mas unicamente a da conversão genuína. E é justamente essa que não pode ser relativizada e substituída por nenhuma prática, ainda que seja legitimamente cristã e cultural e historicamente evangélica.
Isso é bíblico? Sim, perfeitamente! Releia o episódio da ressurreição de Lázaro e o diálogo do Senhor Jesus com as suas irmãs, Marta e Maria, do até então falecido Lázaro que Jesus ressuscitaria após tal conversa . Há sim uma melhor parte a qual não nos será tirada, a escolhida por Maria enquanto Marta se distraia com muitos afazeres. Em que parte está o leitor investindo espiritualmente a sua vida cristã? Espero que seja sempre na melhor parte.
Nosso Senhor e Deus nos abençoe a todos!
Nosso Senhor e Deus nos abençoe a todos!
Por Helvécio S. Pereira
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sexta-feira, 22 de abril de 2011
NOS VANGLORIAMOS DE TERMOS FÉ, TODOS A TEM...ALEGREMOS-NOS EM CONHECERMOS AO SENHOR
OU
PELA FÉ...SÃO MOVIDOS OS CRENTES, OS CRISTÃOS
E OS QUE DIZEM NÃO CRER
O
s calvinistas proclamam que não há nada em nenhum momento ou ocasião que não seja promovido por Deus, ou seja nada vem a existência a parte de sua ação, tanto as boas coisas quanto as más e as mais terríveis coisas e acontecimentos. A controvércia necessária que se estabelece é se Deus mesmo move o braço do assassino e imobiliza a vítima numa defesa que não se mostra efetiva. Entretanto todos nós cristãos concordamos que nada existe a parte da permissão e do conhecimento de Deus. Os calvinistas asseveram também que quando alguém crê no evangelho é que foi feito crer aquela pessoa no evangelho e que essa não creu por si mesma, outra controvércia importante.
Entretanto calvinistas, e nós considerados pelos calvinistas como não calvinistas, reconhecemos que a fé seja um dom de Deus, que ao homem foi dada a capacidade de objetiva e obstinadamente, até teimosamente, possa fiar-se em algo, viver por essa coisa, ser, pensamento, idéia, morrer por ela e com base nela moldar toda a sua vida. Essa fé, vista desse modo, se direcionará a algo, seja a verdade, seja a mentira, seja a uma idéia, a uma opção de vida, etc. Dessa forma todos vivem pela fé embora não saibam disso. O torcedor que vai ao estádio a cada jogo, o sambista que trabalha e se envolve durante todo o ano, e ano após ano pela sua escola de samba crendo que dessa vez ganhará o campeonato, o desfile de carnaval. Ao homem foi dada a capacidade de viver pela fé, mesmo que não se reconheça vivendo com base nesse maravilhoso dom. Idolatria é portanto colocar essa fé em outra coisa, em alguém, em algo e não em Deus. Não terá outros deuses diante de mim, diz o Senhor nas Escrituras.
O ateu vive pela fé, ou embora a negue categoricamente, por um tipo de anti-fé, por ela luta, se defende e ataca os demais tidos como religiosos. O marxista, o gnóstico, o muçulmano, o budista, o animista, o crente evangélico reformado, o católico-romano, o pentecostal, o neopentecostal, o mórmom, o adventista, a testemunha de Jeová, o judeu, o kardecista, qualquer um enfim... Porém a fé só é recompensada por quem tem o poder ( de potência ) e a autoridade legítima para fazê-lo: para nós o Senhor Jesus Cristo. Crer é fácil, crer em qualquer coisa, pessoa ou modelo, ter a garantia de que a sua fé corresponda a uma realidade, que corresponda a que realmente acontecerá, já é outra história.
Entretanto calvinistas, e nós considerados pelos calvinistas como não calvinistas, reconhecemos que a fé seja um dom de Deus, que ao homem foi dada a capacidade de objetiva e obstinadamente, até teimosamente, possa fiar-se em algo, viver por essa coisa, ser, pensamento, idéia, morrer por ela e com base nela moldar toda a sua vida. Essa fé, vista desse modo, se direcionará a algo, seja a verdade, seja a mentira, seja a uma idéia, a uma opção de vida, etc. Dessa forma todos vivem pela fé embora não saibam disso. O torcedor que vai ao estádio a cada jogo, o sambista que trabalha e se envolve durante todo o ano, e ano após ano pela sua escola de samba crendo que dessa vez ganhará o campeonato, o desfile de carnaval. Ao homem foi dada a capacidade de viver pela fé, mesmo que não se reconheça vivendo com base nesse maravilhoso dom. Idolatria é portanto colocar essa fé em outra coisa, em alguém, em algo e não em Deus. Não terá outros deuses diante de mim, diz o Senhor nas Escrituras.
O ateu vive pela fé, ou embora a negue categoricamente, por um tipo de anti-fé, por ela luta, se defende e ataca os demais tidos como religiosos. O marxista, o gnóstico, o muçulmano, o budista, o animista, o crente evangélico reformado, o católico-romano, o pentecostal, o neopentecostal, o mórmom, o adventista, a testemunha de Jeová, o judeu, o kardecista, qualquer um enfim... Porém a fé só é recompensada por quem tem o poder ( de potência ) e a autoridade legítima para fazê-lo: para nós o Senhor Jesus Cristo. Crer é fácil, crer em qualquer coisa, pessoa ou modelo, ter a garantia de que a sua fé corresponda a uma realidade, que corresponda a que realmente acontecerá, já é outra história.
A definição paulina e portanto bíblica de fé é válida universalmente mas distingue-se pelo fato de ser a única que é recompensada verdadeiramente e comprovada factualmente pelo que as exerceram corretamente antes de nós ( leia o capítulo de Hebreus 11 acerca do assunto ). Vale a pena celebrar, festejar, alegrarmos nessa particular fé, que se inicia e se fundamenta em uma pessoa, na pessoa de Cristo. Que assume posteriormente naturalmente nuances mais descritivas, mais minuciosas, numa expressão particular da fé cristã, em uma igreja, uma denominação, um movimento, numa teologia, algo legítimo, válido e útil, mas que não substitui algo que deve anteceder e permear toda a experiência religiosa, e permanecer acima dela. Para os cristãos evangélicos essa fé se alimenta, se corrige pela leitura bíblica, ou seja da Palavra de Deus, a qual se encontra acima, anterior a quaisquer e demais revelações, explicações, etc.
Ou seja, o crente evangélico é um sujeito que absorve todo o conhecimento a sua volta de forma crítica, absorvendo-os, rejeitando-os, mas sempre voltando ao que a Bíblia diz, buscando compreender o que não foi compreendido, revendo a sua compreensão e entendimento, peneirando, abandonando as vezes o que se julgou incoerente, inconsistente, errático, tudo isso regado a uma comunhão com Deus materializada na oração pessoal ( não em reza e liturgias ) confessando, falando de si próprio a Deus, abrindo o coração e alma diante do Criador, indagando, buscando ouví-Lo no coração, pelo sentimento, pela emoção, pelos fatos do cotidiano, pela palavra dita por irmãos de fé e até por incrédulos desde que de acordo com o que já se encontra expresso em Sua eterna Palavra, pela pregação congregacional feita por um pregador que recorra aos textos e ensinamentos escriturísticos.
De fato é uma experiência tão particular, que não se torna tão fácil a sua descrição de modo que a quem não a tem, é quase impossível descrevê-la fielmente em detalhes. É perfeitamente pessoal, e única, e deve ser portanto vivida. A genuína vida cristã começa pela primeira manifestação de fé: a aceitação de Jesus como Salvador pessoal e obviamente o Senhor absoluto de sua vida, a esse ato sucede a transformação do coração, o que é chamado pelo próprio Senhor de "novo-nascimento", com a transformação das convicções, dos valores, e uma nova compreensão da vida, algo que se dá quase imediatamente. Daí o alinhamento a uma teologia ou prática religiosa, embora camufle aparentemente a genuína conversão, não seja exatamente um substituto real a ela. Ser batista, assembleiano, reformado, calvinista, arminiano, luterano, presbiteriano, universal, mundial, da graça, wesleyano, etc, não garante a conversão, a salvação ou a comunhão com Deus.
É necessário nascer de novo, condição indispensável e insubstituível para ser de Deus, perdoado, salvo e justificado pelo sangue de Cristo. Ao ateu não basta dizer "Deus existe", é necessário que haja uma fé direcionada a essa pessoa, Deus agora revelado, cuja existência esse ex-ateu agora reconheça a existência, e fé ( confiança ) no que Ele ( Deus ) diz e faz. Ou seja o ateu bem como o religioso de qualquer religião, até o autodenominado cristão, tem que nascer de novo, através da Palavra de Deus e do Espírito de Deus. Bem, quem já passou por isso sabe o que eu tentei explicitar nessas poucas linhas. Aos demais, cujas tais afirmações pareçam estranhas, resta o meu desejo que, no devido tempo, tal aconteça com o mesmo elas. Amém.
Por Helvécio S. Pereira
Por Helvécio S. Pereira
Fonte: You Tube
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segunda-feira, 7 de março de 2011
A FÉ...O QUE É A FÉ BÍBLICA?
A
fé é um tema frequentemente abordado entre os cristãos, seja através de pregações, livros ou canções. A fé como conceito é algo presente também em todas as manifestações religiosas, se não de exposto de modo organizado teologicamente na prática seu conceito é facilmente apreendido. O resultado é que sempre que se refere-se a fé, usando o vocábulo em questão, como o sentido da palavra linguísticamente falando, está sempre no ouvinte e não em quem diz, esse ouvinte entende o que bem deseja a partir de sua própria experiência.
Do ponto de vista da fé bíblica, mesmo em círculos cristãos evangélicos, é bem possível, mesmo após anos e décadas de experiência e vivência religiosas, não se ter a “fé” desejável biblicamente, mas outra “fé”, que no discurso se confunda bem com a primeira. É possível ter-se pastores sem essa “fé”, igrejas inteiras sem essa “fé”, denominações inteiras sem essa “fé” e nações inteiras sem essa mesma “fé”, embora todos esses ajuntamentos e associações humanas, se autodenominem, no caso “cristãs”.
Outra confusão é a que área da da vida religiosa, da experiência religiosa, se refere essa “fé”. Já vi discussões em que, determinado cristão de determinadas posição teológica, põe em dúvida a “salvação” do outro que não compartilha, não concorda com a sua posição, por ele obviamente considerada a única correta. Ambos pertenciam majoritariamente a uma mesma denominação e a uma certa posição teológica, mas discordavam em um ponto por eles considerado importante, mas que nem se referia a questão da redenção, salvação, etc.
Outro ponto é a relação entre o que se vê, se pratica, o vocabulário teológico usado, e a “fé”, como conjunto de crenças, arquitetura racional teológica. Aparentemente o fazer igual ou o fazer diferente implica, a priori
, em uma fé diversa mesmo entre os que direcionam a sua fidelidade e amor ao mesmo Deus.
Essa fé parece se impor como um “pacote” herméticamente fechado e acabado no tempo e no espaço, algo que se deva apenas confessar em extensão e aparência, importando menos os resultados visíveis. Há recentemente uma diferença entre grupos cristãos evangélicos atuais, mais notadamente entre os neopentecostais e tradicionais, que estranhamente não negam esse aspecto prático nas ações necessárias no âmbito secular.
Dessa forma os “sinais”, os resultados da “fé”, são não só bem vistos mas necessários e prova cabal da fé bíblica manifestada e aceita por Deus. Estranhamente os calvinistas se impuseram, sobre certo aspecto do mesmo mod, tanto que a chamada “ética protestante” e o desenvolvimento do capitalismo, se impuseram do mesmo modo: o resultado positivo em todas as ações da vida eram provas cabais da aprovação de Deus, seja concernente à “eleição” do indivíduo quanto a aprovação de seus atos e projetos por Deus.
Bem, não me coloco aqui como alguém já saiba o que seja fé exatamente, e que a tenha praticado de tal forma a dar a receita final a todos que têm algum problema em crer com algum propósito objetivo, seja para salvação, para cura, para restruturação de áreas da vida como familiar, profissional, financeira, etc. Atenho-me a compartilhar a minha percepção do que não é “fé”, ao invés de apontar o que seja a fé mais desejável - essa só pode ser encontrada nas Escrituras, afinal "a fé vem pelo ouvir e ouvir a Palavra de Deus."
Mas o que, afinal, a "fé" não é? A Fé, com "F" maiúsculo, não é “opinião”, ou não se restringe apenas a posicionamentos sobre um ou outro assunto. Muitos crentes após o conhecimento e aceitação da verdade bíblica, constroem sua vida e prática religiosa cristã-evangélica, em posicionamentos e passam a a adotar esses mesmos posicionamentos como ponto principal de sua cosmovisão e da sua relação com Deus. Deus deixa de ser o primeiro mas o segundo na hierarquia de importâncias relacionadas a fé. Não mais apenas Ele, mas o como as coisas são vistas e como se interligam, e por esse modelo se ofendem, se dividem, se odeiam e se excluem mutuamente.
Não que o "como" e os "por quês" e "porques" não tenham o seu lugar, os discípulos do Senhor tinham visões compreensões e descrições que não poucas vezes se afastavam das dadas pelo próprio Senhor, como na ocasião qie confundiram Jesus andando sobre o mar com um "fantasma" (!?). O importante é manter uma relação pessoal com Deus pois sem ela, toda a cosmovisão religiosa perde o sentido e se subverte desastrozamente. Se nos perguntarmos pela razão pela qual sempre a igreja parece se afastar da vontade de Deus, a resposta parece ser simples e uma só: começa a andar sozinha, sem comunhão íntima com Ele como no início da caminhada cristã.
Não que o "como" e os "por quês" e "porques" não tenham o seu lugar, os discípulos do Senhor tinham visões compreensões e descrições que não poucas vezes se afastavam das dadas pelo próprio Senhor, como na ocasião qie confundiram Jesus andando sobre o mar com um "fantasma" (!?). O importante é manter uma relação pessoal com Deus pois sem ela, toda a cosmovisão religiosa perde o sentido e se subverte desastrozamente. Se nos perguntarmos pela razão pela qual sempre a igreja parece se afastar da vontade de Deus, a resposta parece ser simples e uma só: começa a andar sozinha, sem comunhão íntima com Ele como no início da caminhada cristã.
Fé não é exatamente, comparada à fé bíblica, o arcabouço de um conjunto fechado de conceitos religiosos, embora haja sempre esse mesmo conjunto de crenças, a qual denomina-se teologia individual, esse conjunto de pontos que se crê ou não. Pode subsistir aparte e independentemente do conhecimento ou não de Deus, de uma experiência mais real ou não com Deus, como Jó que confessou ao final de sua experiência pessoal com Deus, em havê-lo conhecido “só de ouvir” mas que agora que agora o via com os seus próprios olhos.
A fé bíblica é individual, pessoal, provada e vivênciada, embora não seja resultado da projeção individual daquele que crê. Qualquer um pode inventar uma crença e passar a viver por ela, esperando que essa crença tenha validade. Desse modo estão excluídas todas as religiões e práticas religiosas “inventadas” pela imaginação humana. A verdadeira “fé” é a consonância entre a fé do que crê e a fé desejada, esperada por Deus no coração do crente, procurada por Ele nos que crêem. Essa é a fé bíblica.
Essa verdade é facilmente comprovada na revelação Escriturística, ou seja na Bíblia Sagrada, nos seus relatos e registros. A fé do centurião, uma fé não encontrada pelo Senhor Jesus Cristo mesmo entre o povo de Israel, educado religiosamente acerca da verdadeira religião e do verdadeiro Deus. A fé de Zaqueu, a fé da mãe cuja filha se encontrava doente que argumentou com Jesus que até os cães comem das migalhas que caem da mesa de seus donos”. Ou ainda da mulher com fluxo de sangue que se esforçou em tocar em Jesus em meio a multidão para ser curada ou de Zaqueu com seu arrependimento que lhes fez decidir o que devolveria a quem ele tinha roubado.
A fé bíblica, emerge da Bíblia e não aparte dela, nasce no coração do crente acalentada pela fé de um grupo. Desse modo é impraticável crer-se, vivenciar algo, e por em prática dentro de um grupo que a negue. Alguém não poderá vivenciar uma cura divina por exemplo, dentro de um grupo que a negue peremptoriamente ou que construa decididamente um conjunto de “reservas teológicas” a ela relacionada. A experiência da grossolália em um grupo que a negue. O “batismo no Espírito” em grupo que o negue o o explique teologicamente de outro modo ( o que é negar do mesmo modo). A salvação pela graça em meio católicos que conjuntamente a admitam em tese, mas que a neguem na prática com determinadas explicações teológicas.
A salvação oferecida, oportunizada a todos, passível a todos os que crerem ( e não a imensa bobagem alardeada e sem novidade do pastor Bell ), em meio a um grupo que defenda a expiação limitada.
A fé é portanto individual e para uma possibilidade efetiva de concretização maior e frutos efetivos, deve concordar pelo menos com mais um, além de Deus é claro. É o que nos advertiu apropriadamente o Senhor Jesus. Permancer em uma igreja pelo prazer de brigar com todo mundo, não é só desgastante é infrutífero do ponto de vista pessoa, como para os próprios demais irmãos, a quem presunsosamente se deseje "recuperar".
A fé é portanto individual e para uma possibilidade efetiva de concretização maior e frutos efetivos, deve concordar pelo menos com mais um, além de Deus é claro. É o que nos advertiu apropriadamente o Senhor Jesus. Permancer em uma igreja pelo prazer de brigar com todo mundo, não é só desgastante é infrutífero do ponto de vista pessoa, como para os próprios demais irmãos, a quem presunsosamente se deseje "recuperar".
A fé bíblica agrada a Deus de modo diferenciado e a falta dela, diametralmente, impede a ação e o agir de Deus em todos os sentidos, seja se revelando, seja intervindo na vida do indivíduo ou da igreja local, por anos,décadas e séculos. Algumas vezes Jesus não pode operar milagres em alguns lugares por causa da “incredulidade deles” registram as Escrituras.
A fé pode ser alimentada e opostamente “contaminada” pro pessoas a nossa volta. Curiosamente as grandes experiências com Deus em toda a Bíblia só são possíveis no seu nascedouro e e no ápice dos grandes embates, solitariamente, longe dos incrédulos e até mesmo dos que de certo modo tenham o mesmo conhecimento religioso. A chamada de Abraão, a experiência de Jacó, a experiência de Jó e mais recentemente ( nem tanto para nós ) a Reforma com a experiência de Lutero. João em Pátmos, Saulo no caminho de Damasco e experiências inúmeras e anônimas contemporâneas.
A experiência mais individual entretanto e que demande uma fé estritamente bíblica e o início de toda comunhão com Deus é sem dúvida a fé da conversão. A crença direcionada e claramente definida na pessoa de Jesus Cristo como Deus e Filho de Deus. A crença que após a nossa experiência individual da morte, um dia na eternidade, imediatamente como descrita por alguns, Ele nos ressucitará e nos receberá para que onde Ele está, estejamos, nós todos os que cremos nEle, com Ele estejamos, salvos, perdoados, graciosamente premiados com a voda eterna.
Nenhuma religião, igreja, teologia, agente ou representante religioso até mesmo cristão possa fazê-lo. Não há substituo para essa fé bíblica, nenhuma alternativa ou variante para a experiência individual sobre a qual toda uma caminhada e um leque de experiências verdadeiramente bíblicas se abrem como reais possibilidades para toda uma vida.
Nenhuma religião, igreja, teologia, agente ou representante religioso até mesmo cristão possa fazê-lo. Não há substituo para essa fé bíblica, nenhuma alternativa ou variante para a experiência individual sobre a qual toda uma caminhada e um leque de experiências verdadeiramente bíblicas se abrem como reais possibilidades para toda uma vida.
Por Helvécio S. Pereira
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, precioado por parte majoritária de setores quase que totais do mundo científico e da falsa sensação de que tudo pode ser ...
O GÊNESIS, COM NARRAÇÃO DE CID MOREIRA E IMAGENS
NÃO DEIXE DE LER OS SEGUINTES POSTS DENTRE OS MAIS LIDOS...
29 Mai 2010
UM LIVRO OBRIGATÓRIO PARA CATÓLICOS E EVANGÉLICOS ACERCA DA ERRÔNEA CULTURA DO CULTO A MARIA. Recebi por indicação do irmão Jorge Fernandes Isha, um e-book gratuito, de leitura obrigatória para os evangélicos e para ...
16 Fev 2010
Judas era o mais culto, de origem e status social diverso dos demais, de outra cidade, e foi substituído não pelo apóstolo dentre os discípulos eleito pelos demais, por própria escolha de Jesus, após a morte de Estevão, Saulo, discípulo de Gamaliel, provavelmente o mais preparado ...
Melquesedeque, Maria , José, e tantos outros. Deus se dá a conhecer plenamente a cada um que o ama. O ue Ele fará na história as vezes não noscompete saber, as vezes sim. Essa é a diferença. ...
19 Mar 2010
Tal qual os fariseus, põem não poucos impencilhos que vão desde reparações a pregação simples e com pouca ligação com a hermeneutica e pregação convencionais, a música, letra das canções, a ordem do culto, forma dos apelos e ...
Essa pessoa , esse novo crente, como filho ou filha de Deus de fato, tem agora uma nova vida, como Madalena, Zaqueu, o Gadareno, o Centurião, Nicodemos,o ladrão da cruz, Marta e Maria, Lázaro ( não necessariamente nessa ordem ), e tantos outros. ...
04 Mar 2011
Nesse aspecto seria legítimo um católico cultuar Maria como N.Senhora, um muçulmano a Maomé como seu legítimo profeta, um budista como objeto de culto, e assim por diante. Todoslçegitimamente amparados por sentimentos sinceros e ...
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