Reflexões acerca do que a Bíblia revela e declara sob a ótica cristã autêntica. Nada porém substitui a leitura pessoal da Bíblia, a inerrante Palavra de Deus. LEIA A BÍBLIA!
Salmos 119:105
Lâmpada para os meus pés é tua palavra, e luz para o meu caminho.
De vez em quando algumas bobagens claramente impostas e reconhecidas como tal, surgem no mundo com o claro objetivo de conquistar pessoas, geralmente que tenham algum poder nas mãos, político, econômico, de comunicação de massa, etc. Essas pessoas aliciadas por idéias falsas, facilitarão a propagação da mentira até as classes mais populares afastando-os se não definitivamente, temporariamente da fé no Deus verdadeiro e da crença na Bíblia como Palavra de Deus. A nós não afeta, mas se estamos engajados na defesa do Deus das Escrituras e das Escrituras que testemunham dEle e da única salvação passível de ser obtida pela graça por parte do homem, devemos estar informados sobre essas besteiras contemporâneas e firmemente refutá-las e combatê-las.
O Código da Bíblia
O assunto do "Código da Bíblia" já circula há vários meses. Quase todas as grandes revistas noticiaram a "descoberta". O código foi vendido como sensação e o livro escrito a respeito tornou-se um bestseller. O matemático israelense Eliyahu Rips e o jornalista americano Michael Drosnin estão convictos de que é possível decifrar o código da Bíblia por meio de operações matemáticas por computador. Segundo os autores, no código estariam previstos o Holocausto, a morte de Rabin, a presidência de Bill Clinton, entre outros acontecimentos. Nesse meio tempo, porém, também se ouviram vozes pessimistas questionando ou rejeitando o código. Vários especialistas o classificaram simplesmente como bobagem e acrobacia numérica. A Sociedade Bíblica Alemã tomou posição em uma reportagem intitulada "Deus não fala por códigos" e conclamou a uma avaliação sóbria.
A revista "Bibel Report" afirmou que, com talento para combinar as letras de diferentes maneiras, pode-se encontrar praticamente todos os acontecimentos importantes. O procedimento seria semelhante à leitura do destino em formas surgidas do endurecimento de chumbo derretido ou à adivinhação através da leitura da borra de café. De acordo com a Sociedade Bíblica Alemã, é difícil acreditar que Deus tenha falado a Seu povo de forma codificada durante 3.000 anos, e que tiveram de aparecer os senhores Rips e Drosnin (que nem são crentes no sentido bíblico) para descobrir o que Ele de fato queria dizer.
Alguns crentes mencionam a passagem de Daniel 12.4 e pensam que, com o código da Bíblia, essa época agora tenha chegado: "Tu, porém, Daniel, encerra as palavras e sela o livro, até ao tempo do fim; muitos o esquadrinharão, e o saber se multiplicará". Evidentemente essa passagem não se refere a um código bíblico secreto, mas ao aumento do conhecimento sobre aquilo que já está escrito na Bíblia. O contexto geral de Daniel 12 leva a concluir que esta passagem trata do tempo do fim, quando mais e mais pessoas chegarão ao conhecimento da verdade em Jesus e converter-se-ão. E isto realmente está acontecendo hoje em dia. Caso os senhores Drosnin e Rips tivessem razão, nenhum cristão que crê na Bíblia poderia lê-la sem idéias pré-concebidas. Teríamos de esperar pelas interpretações desses ou de outros "decifradores de códigos bíblicos" para poder predizer acontecimentos futuros. Fica a impressão de que através da tese do "Código da Bíblia" a Palavra de Deus torna-se mais morta do que realmente digna de crédito. Um artigo do boletim "Topic" (12/97) dizia: revelações segundo o método do "Código da Bíblia" também acontecem fora da Bíblia.
Seguindo o método do "Código da Bíblia", o matemático australiano Brendan McKay trabalhou com o romance "Moby Dick". Ele chegou aos mesmos resultados "sensacionais" como Michael Drosnin, o autor do livro "O Código da Bíblia". McKay encontrou dados apropriados para acontecimentos como o assassinato de Indira Ghandi, de Martin Luther King, de Yitzhak Rabin e até do trágico acidente de Lady Diana. Não se deve esquecer de que no hebraico não existem vogais. Isso significa que as sílabas são ambíguas e, além disso, as palavras são mais curtas. Dessa maneira, as chances de se encontrar codificações que fazem sentido são muito superiores do que no inglês ou em outros idiomas. Apesar disso, o romance inglês "Moby Dick" (de 1851) já "previu" todos esses acontecimentos terríveis. McKay também realizou cálculos em relação ao nome de Michael Drosnin. Bem próximo ao nome, o matemático australiano encontrou a palavra "liar" – "mentiroso", assim como algumas referências à morte do autor do livro "O Código da Bíblia".
A Bíblia é a Palavra de Deus! Nela é descrito o passado, o presente e o futuro, e o que é mais importante: a fé absolutamente necessária em Jesus Cristo. Para compreender isso não necessitamos de nenhum "Código da Bíblia" especial, mas sim do novo nascimento e da orientação do Espírito Santo. Jesus disse em João 3.3: "...se alguém não nascer de novo, não pode ver o reino de Deus." E em 1 Coríntios 2.10-12 lemos: "Mas Deus no-lo revelou pelo Espírito; porque o Espírito a todas as coisas perscruta, até mesmo as profundezas de Deus. Porque qual dos homens sabe as coisas do homem, senão o seu próprio espírito que nele está? Assim, também as coisas de Deus ninguém as conhece, senão o Espírito de Deus. Ora, nós não temos recebido o espírito do mundo, e sim o Espírito que vem de Deus, para que conheçamos o que por Deus nos foi dado gratuitamente."
A fé ou crença, é o ingrediente principal e básico de toda e qualquer religião. Todo religioso, da mais diferente crença, diz para si e para os demais: eu creio. Essa crença possui uma lista pontos bem definidos, claramente ou indiretamente expostos e conforme um trabalho acadêmico feito por um irmão, pastor e teólogo, já disponibilizado nesse blog e bem lembrado, do ponto de vista de estudo, possui, quase sempre, uma teologia popular e uma oficial.
Entre cristãos ( católicos, ortodoxos,reformados,protestantes,batistas, paraprotestantes, pentecostais, neopentecostais e etc, etc.) também há divergências naturais em consequência da diferença cultural, nível de educação, país, região, formação e história dos próprios indivíduos dando como consequência diferença de compreensão e de sistematização da fé cristã. Trata-se de algo absolutamente natural e, penso, mais que compreendida e alvo da misericórdia divina. Sobre as nossas dúvidas Jesus afirmou que "naquele dia nada me perguntareis" quando todas as nossas ansiedades e compreensões truncadas serão devidamente esclarecidas.
Entretanto mais que diferenças de opiniões, de visões, que geram posições diferentes com relação a uma série de ítens, há pontos mais e menos importantes, que causam, obviamente, maior e menor estrago a fé cristã como um todo. Outro ponto é o uso dessas diferenças como armas afiadas e até preparadas contra os próprios irmãos de fé. As vezes essa diferença é diminuida em regiões e ocasiões históricas de forte perseguição a cristãos, levando-os a considerarem menos importantes esses pontos divergentes. Em situação de franco conforto e liberdade religiosa sobra energia para o litígio franco e para a disputa por espaço e supremacia.
Outro caráter das diferenças de crença é o da novidade ou da reafirmação de algo já crido no passado e que foi de algum modo, por algum motivo abandonado na prática. Podemos dizer, quase que sem erro, que a razão é sempre, e até sincera de promover um aperfeiçoamento a fé, removendo arestas ou trazendo um novo brilho, conclamando as pessoas, os crentes, a uma nova postura ou ação embora o efeito seja diverso, bem como a ênfase recaia em lugares indesejáveis para a própria crença cristã.
Há os que advogam uma "fé simples", outros defendem uma "fé rebuscada" baseada em altos e profundos pressupostos, quase elitizada. Alguns reforçam o caráter visível da fé, outros advogam uma fé apenas mental, teológica por excelência. Tanto num grupo como no outro, e isso parece ser sempre verdade, os "erros" parecem ser grosseiros e pouco ou nada razoáveis. Alguns erros afetam o que aparentemente vemos na liturgia e na prática do dia a dia, outros mais dissimulados só podem ser percebidos com muito estudo e análise dos pontos em questão. Alguns, aparentemente são mais aceitos pelo censo comum do próprio grupo religioso ou fora dele, outros mais sutis são impostos e aceitos a partir de um gosto excêntrico de alguns fiéis, fato mais ligado a temperamentos pessoais ou de lideranças.
Posicionamentos diversos não excluem por simples lógica, por simples possibilidade natural, a existência e a realidade de uma crença ortodoxa correta, diria melhor, uma fé cristã estritamente Bíblica, da qual se diversa, assim sim, esta crença se faz de fato herética. Fato é que chamar a um irmão de fé de herético, é algo comumente feito com "boca cheia", como um xingamento prazeiroso, e isso na boca de crentes ( falamos agora do arraial evangélico e não dos cristãos assim denominados como um todo ). Chamar um pastor, uma igreja de herética significa descredenciá-los como crentes, como pessoas que tiveram um encontro genuíno com o Senhor Jesus e que o estejam seguindo e mantendo uma comunhão pessoal com Ele. Mesmo que , além da posição teológica diferente, haja por trás o simples desconforto da percepção de que "aquele não crê como eu creio e não faz como eu faço" chamar um irmão de herético é diminuí-lo em relação a si próprio, é julgá-lo. Isso não quer dizer que, assim como por uma análise lógica , haja a fé correta, não haja a fé incorreta beirando a irracionalidade. De fato há e julgar os pensamentos não significa julgar as pessoas com base nos seus erros teológicos que podem advir de, desde a uma incapacidade intelectual até uma consciente maldade.
Mas o que é essa heresia afinal? Um erro de interpretação Bíblica maior ou menor, um ponto de vista, ou um sintoma de distância ou de nunca, jamais, tal pessoa ou grupo, ter conhecido e de fato ter comunhão com o Senhor? Podem ser as duas coisas, ou apenas uma delas, sendo que no segundo caso trata-se de algo severamente grave comprometendo a salvação do crente.
Para nós crentes evangélicos ou a classificação acadêmica que se queira usar e abusar, a vida cristã começa com um encontro genuíno com o Senhor e que continua como vida cristã, com a promessa e a realidade de que "seríamos guiados em todas as coisas". Deus na Sua sabedoria e justiça, diferentemente providenciou um meio pelo qual, nem as diferenças culturais, econômicas, acadêmicas, de gênero, étnicas, de faixa de idade, pudessem interferir na forma como seríamos conduzidos e sustentados na nossa fé. Côncios disso deveríamos nos sentir seguros que a correta compreensão das coisas relacionadas a Deus se dariam, no plano individual sem maiores problemas. Ademais, a vida cristã, embora se confunda com a vida religiosa do cristão, não o é.
A nossa vida consiste em termos comunhão diária com o nosso Senhor e Salvador e isso também não se confunde com a prática de orações formais, cânticos de hinários, reuniões nos templos e em locais de reunião. Nada disso, embora seja, cada uma dessas coisas, partes claramente benéficas de uma prática religiosa cristã, não são de fato vida e comunhão com Deus. Jesus disse claramente que nem o ato ou ação de pregar em seu nome, expulsar demônios em seu nome e curar enfermos em seu nome significaria conhecê-Lo.
Conhecê-Lo e ter comunhão com Ele é algo que não podemos julgar no outro. Essa comunhão, penso, consiste em você viver todos os seus dias, a partir da sua conversão, como se não estivesse mais sozinho. Você dorme e sente que alguém lhe vê. Você acorda e sente que esse mesmo alguém lhe vê e o acompanha. Você sente que mesmo não sendo o melhor crente, a melhor pessoa, é ainda alvo de uma atenção especial. Mesmo quando não exatamente numa atitude "religiosa evangélica", há alguém a seu lado e você percebe que suas ações e pensamentos divergem ocasionalmente das dela. Do mesmo modo você sabe quando algo que faz lhe agrada ou que deve fazer algo exatamente naquele momento. Sua mente e seus pensamentos estão sujeitos ao molde que Essa presença proporciona. Nada na sua história é alheio a Ele.E não há nenhum momento em que Ele seja excluído da sua existência. Você sente quando é aprovado e quando seus pensamentos e ações são reprovados por Ele. Não importa onde esteja e o que esteja acontecendo ao seu redor, com ou sem igreja, com ou sem reunião e culto, com ou sem a Bíblia nas mãos, a Sua Palavra está inscrita em seu coração e na sua alma.
Sob esse raciocínio a heresia estaria impossibilitada de subsistir em uma comunhão verdadeira como Senhor Jesus, não que o crente genuíno não pudesse dar explicações contraditórias sobre um ou outro assunto ( os discípulos no tempo de Jesus, e na presença dEle, acreditavam em fantasmas ),mas que ainda que sem a compreensão correta de muitas coisas, na comunhão pessoal, Deus nos ensina o que é mais importante naquele momento. Afinal nem todos são mestres ou tem dom para sê-lo e não deveriam ter a pretenção de sê-lo.
Mas o que causa a heresia de fato à igreja institucionalizada? A heresia, tenha a sua origem onde for ( coisa que veremos em outra oportunidade ) sempre rouba algo importante e revelado claramente nas Escrituras embora tenha o caráter de novidade, de esclarecimento, de purificação da igreja visível e que obviamente foge totalmente a esse objetivo.
A heresia tolhe o evangelismoembora, aparentemente pareça promovê-lo em um primeiro momento criando uma casta de indivíduos diferentes e acima dos demais crentes por criar elementos diferenciadores e geralmente visíveis que visam e na prática marcam territórios.
A heresia só se impõe a partir da negação de uma verdade Bíblica já amplamente conhecida. Isso ela a faz de duas maneiras: dificultando ou facilitando uma declaração Bíblica. É como se o próprio satanás dissesse: "não é bem assim o que Deus disse".
A heresia surge e peca por detalhar o indetalhado. Há duas formas de se declarar alguma coisa, sintética ou analiticamente. Gênesis 1:1 é uma declaração sintética: " No principio criou Deus os céus e a terra". é bobagem esmiuçar essa declaração reveladora e simples. As heresias surgem nessa tentativa de elevar uma declaração simples a um nível mais alto ou mais profundo ( depende da visão que se tenha - dá na mesma) fazendo que o foco da mesma seja desvirtuado para um ponto secundário e menor, criando inúmeras variáveis.
A heresia não revela nada de novo, não traz exatamente luz nova sobre nenhum ponto, alimentando tão somente a vaidade natural de seus adeptos. De fato dá uma falsa compreensão sobre uma série de questões paralizando os crentes em torno dessas questões controversas e levando-os a desdenharem tudo o mais, constituindo-se esses únicos pontos uma bandeira de defesa e de luta. O herético é profundamente vaidoso com a sua descoberta, sentido-se mais ou menos "iluminado" e privilegiado. Só para lembrar, não acho que haja privilegiados mentais no reino de Deus, com revelações privilegiadas, há entretanto privilegiados para o serviço, para obras, para lugares, pra ações estratégicas, o que é outra coisa e ótimo assunto para outra oportunidade.
A heresia pode comprometer a salvação, dando aquele que a acata e ou repercute a heresia, a falsa sensação de segurança religiosa e de correção na fé. Há dois tipos de adeptos de uma heresia: o que conheceu e teve sua compreensão das coisas de Deus afetada e distorcida por uma heresia e aquele que jamais conheceu a verdade e que por causa da heresia fica da vez mais distante de conhecê-la, a verdade, por cada vez isolar-se do contato com aqueles que a conhecem e por sua proclamação pública. Esse passa a ouvir somente a sua própria voz e não mais a verdade. Isso porque a o reconhecer que está fatalmente errado teme esse um medo inconsciente de não ser capaz mais de crer. Só que a fé genuína não é um fim em si mesmo mas apenas um meio. A fé genuína é em uma pessoa e não em um modelo filosófico-teológico. Nesse caso se ama a uma pessoa: a Deus. A fé cristã não é uma fé na arquitetura teológica cristã, mas em um Salvador e Deus reais, aos quais nos relacionamos em amor,o que independe de nível cultural, social, econômico, temporal, etc.
Finalmente é possível errar-se em interpretações da Escritura e não constituir isso uma heresia? Sim. Se a vida cristã fundamenta-se na comunhão como Senhor, posso entender algo de modo errôneo hoje e ter uma melhor compreensão amanhã ou com o decorrer do tempo, isso é a genuína experiência cristã. Quem não tem sabedoria, "peça a Deus", é nos dito nas Escrituras. Há a real possibilidade de não entender algo que as Escrituras declarem e isso é plenamente natural, mas ao que se refere essencialmente, todo crente renascido terá a compreensão de quem é o seu Salvador e Senhor e da esperança e promessas relacionadas a sua salvação. O erro é antes de ter a certeza, e a partir da presunção de saber tudo, sair convencendo os outros que também não sabem, ou sabe menos do que eu, das minhas vaidosas "descobertas".
Conhecimento de Deus e comunhão com o Senhor não podem ser aferidos por uma sabatina acadêmica ou muito menos não acadêmica, mas por uma vida sincera diante do Senhor e a partir de uma comunhão real com Ele. E não há nenhum problema em assumir que não sabemos tantas coisas mesmo relacionadas com a Palavra de Deus. Lembrando ainda que o "O temor do Senhor é o princípio da sabedoria. " Sejamos sábios e totalmente tementes a Ele o Senhor de todas as coisas, Perfeito e Santo.
Por Helvecio S. Pereira
FINALMENTE, VALE SEMPRE VER DE NOVO, UM EXCELENTE VÍDEO COM A CANÇÃO " O PRAISE HIM" DE DAVID CROWDER BAND QUE EXPRESSA A COMUNHÃO PESSOAL COM O SENHOR NO DIA A DIA , A VERDADEIRA BASE PARA O CONHECIMENTO DE DEUS.
De vez em quando, um ou outro anúncio completamente divergente da fé cristã evangélica é veiculado oportunamente em nosso blog. Trata-se puramente de um mecanismo do Google de incluir anúncios que se interrelacionem com o tema e assuntos abordados no blog. Trata-se algo normal, desde que aceitamos a possibilidade de adição de anúncios em troca, da gratuita possibilidade desse serviço na web que leva as nossas reflexões a milhares de pessoas. Se você é um crente saberá desconsiderá-lo.
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