A blogosfera, a web, enfim são espaços, um dentro do outro, que possibilitam uma comunicação e troca de informações, opiniões enfim, sem rival em toda a história humana. Mais do que nunca, como o bordão do Fausto Silva, todos os adultos e os candidatos a adultos, estão como crianças numa brinquedoteca, bobos sem saber o que fazer primeiro ou se fixam em uma ou outra única coisa, sem saber que o que estão teimosamente repetindo exaustivas vezes, possa causar danos a si mesmos e aos outros. Todos são autores, professorais, opinadores, conselheiros, zombadores, fofoqueiros e juízes. Cristãos e crentes evangélicos, não escapam sempre a essa danosa possibilidade. Celebridades evangélicas ( e nem o fato de da noite para o dia, serem celebridades, tão ouvidas como as seculares e as mais mundanas) não conseguem contornar as várias e novas situações. Fontes jorram o doce e amargo ao mesmo tempo, a água que mara a sede e água salobra.
Farei um elogio, ou melhor reiterarei o elogio já recorrente, ao irmão Jorge Fernandes Isah e seus blogs , do quais o mais apreciado e de maior audiência é o Kálamos. Tantos outros blogs ganham troféus inúteis pela patente inutilidade... alguns ganham notoriedade em revistas de notícia de alcance nacional, por serem uma miscelância de outras tantas inutilidades, contudo o Jorge merece um prêmio, não pelas opiniões em si ( não por não terem valor e serem bastante pertinentes e interessantes, edificantes mesmo, pelo testemunho de sua fé ) mas pela maneira como puxa o papo, dialoga com os leitores, guia a conversa, etc. É um programa do Jô nos blogs, faltando a caneca, o quinteto e algumas piadas ( as piadas não são necessárias, mas a turma que visita o blog e dá pitacos é boa de risos também, fora os que só lêem ). Engraçado é que ele sempre enviava um e-mail das suas postagens, agora não manda, e aí eu tenho que ir lá ver o que ele escreveu. Vou reclamar!
Essa conversa toda é para dizer que no nosso caso, mais do que ensinar ( blog e site não são púlpito e nem gabinete pastoral, não é seminário e nem curso bíblico ), falamos das coisas de Deus como torcedores falam de futebol, pilotos sobre carros e políticos sobre política. Como não gostar de Deus e da Sua Palavra, não falar sobre ela, a não ser "profissionalmente" como certos pastores profissionais ( não todos e nem a maioria claro )? Nesse jogo, nessa ocupação lúdica, aprendemos uns com os outros, ou não também, claro. Ficando assegurada o gosto pela Escritura, pelo pensamento de Deus, cujo lugar de importância fica assegurado igualmente em nossas vidas.
É claro que muita gente pensando em Deus produziu bobagens e absurdos mas nós somos cuidadosos e nos guardamos sob o manto do temor ao Senhor, ou seja prontos a não ir tão além, a voltarmos quando sentirmos que estamos sendo inconvenientes, não criarmos uma nova doutrina, não reiventarmos a roda, e nos mantermos firmes no que é mais importante: o legítimo amor ao Senhor e na esperança de Sua tão grande salvação.
É claro que muita gente pensando em Deus produziu bobagens e absurdos mas nós somos cuidadosos e nos guardamos sob o manto do temor ao Senhor, ou seja prontos a não ir tão além, a voltarmos quando sentirmos que estamos sendo inconvenientes, não criarmos uma nova doutrina, não reiventarmos a roda, e nos mantermos firmes no que é mais importante: o legítimo amor ao Senhor e na esperança de Sua tão grande salvação.
Isso posto, o Jorge produziu um texto excelente sobre A Lei e a Graça
cujo assunto estendeu-se por outros, sem contudo afastar-se do foco principal. Eu mesmo produzi um texto sobre o mesmo tema A Lei e a Graça
,
sem ler o dele, que foi produzido antes do meu e publicadosó agora depois do meu. Ambos ( o dele e o meu ) trazem informações gerais, aceitas como legítimas pelos cristãos de todo o mundo, com enxertos de opiniões, visões pessoais, senão não teria graça ( rs...rs...rs...). Em um dos comentários e no próprio texto do irmão Jorge, um pensamento, uma reflexão foi colocada, que é a do fato de Adão ter sido criado perfeito ou não. Elementos para produzir uma reflexão extensa sobre esse tema não faltam e não é facilmente conclusiva uma discussão a respeito. Ainda mais se as diversas partes já comparecem ao debate armadas de muitas e heterogêneas informações. Portanto o que será dito aqui é apenas parte de tudo o que pode ser dito, pensado sobre o assunto, e nada tem de original. Ou seja, muitos já escreveram com base nas próprias Escrituras, as mesmíssimas coisas, em alguma época ou lugar, outros já afirmaram e talvez afirmem ainda hoje o contrário, enfim têm outra posição sobre o assunto. Enfim é isso que propomos mais uma reflexão.
Atenhamos minimamente à Bíblia, às Sagradas Escrituras e seu texto minimalista, mas com enorme profundidade e complexidade. Primeiramente é consenso o fato de Deus ser perfeito e que sob esse aspecto Deus não inerrante. A força da gravidade na terra está na medida exata para que todos o seres humanos ou não, vivam sem problemas, e fenômenos aconteçam sem a menor margem de erro. Você come demais e erradamente, as suas veias claro, entopem no frio ou no verão, por deslocamento de placas de gordura dentro delas, mas a culpa não é de Deus, é só sua. Dessa forma a perfeição de Deus é patente em toda a sua criação e isso é ponto passivo entre os que crêem em Deus. Aleijões e doenças genéticas, as vezes as mais terríveis e raras, não são porque Deus errou na formação dos corpos dessas pessoas. Uma calvície não é erro de Deus no seu côro cabeludo, ou erro na taxa de hormônios masculinos. Bem os exemplos são vários e as objeções ídem, mas só a título de esclarecimento: Adão *
fora feito pelas mãos de Deus, Eva idem, eu e você não, pelo menos diretamente.
Somos consequências de duas ordens, uma dada a Adão e a Eva, a de que crescêssemos e nos multiplicássemos, tendo relações sexuais geridas pela maturidade corporal, e portanto taxas hormonais sadias em nossos próprios corpos, pelo cruzamento de indivíduos caóticamente ( no sentido probabilista ). Se duas pessoas com síndrome de Down ou outra patologia ( albinismo , etc ) têm filhos, esses filhos serão ( quase sempre, mas não sempre ) portadores dessas mesmas síndromes e a culpa não é de Deus, não fora Deus que determinára isso a eles.
Vale lembrar da região do Brasil, no norte ( Maranhão ou Piauí acho ), onde há a maior incidência de albinismo do mundo, ou o povo avestruz na África, ou a cidade dos anões, também no Brasil, onde há o maior número de anões do mundo. Adão fora criado perfeito e não imperfeito portanto. Imperfeição não foi a causa da queda. Adão não tina gêns específicos para o alcoolismo, depressão, violência, etc.
Somos consequências de duas ordens, uma dada a Adão e a Eva, a de que crescêssemos e nos multiplicássemos, tendo relações sexuais geridas pela maturidade corporal, e portanto taxas hormonais sadias em nossos próprios corpos, pelo cruzamento de indivíduos caóticamente ( no sentido probabilista ). Se duas pessoas com síndrome de Down ou outra patologia ( albinismo , etc ) têm filhos, esses filhos serão ( quase sempre, mas não sempre ) portadores dessas mesmas síndromes e a culpa não é de Deus, não fora Deus que determinára isso a eles.
Vale lembrar da região do Brasil, no norte ( Maranhão ou Piauí acho ), onde há a maior incidência de albinismo do mundo, ou o povo avestruz na África, ou a cidade dos anões, também no Brasil, onde há o maior número de anões do mundo. Adão fora criado perfeito e não imperfeito portanto. Imperfeição não foi a causa da queda. Adão não tina gêns específicos para o alcoolismo, depressão, violência, etc.
Vamos as Escrituras entretanto. Após o pecado de Eva, a cumpricidade e/ou a omissão de Adão, que esse ( Adão ) se desculpou, ou pior, induziu Deus a culpa de sua desgraça. Vejamos o texto em questão:
Gênesis capítulo 3 versos 6 ao 13, com especial atenção para o verso 12.
6
E viu a mulher que aquela árvore era boa para se comer, e agradável aos olhos, e árvore desejável para dar entendimento; tomou do seu fruto, e comeu, e deu também a seu marido, e ele comeu com ela.
7
Então foram abertos os olhos de ambos, e conheceram que estavam nus; e coseram folhas de figueira, e fizeram para si aventais.
8
E ouviram a voz do Senhor Deus, que passeava no jardim pela viração do dia; e esconderam-se Adão e sua mulher da presença do Senhor Deus, entre as árvores do jardim.
9
E chamou o Senhor Deus a Adão, e disse-lhe: Onde estás?
10
E ele disse: Ouvi a tua voz soar no jardim, e temi, porque estava nu, e escondi-me.
11
E Deus disse: Quem te mostrou que estavas nu? Comeste tu da árvore de que te ordenei que não comesses?
12
Então disse Adão: A mulher que me deste por companheira, ela me deu da árvore, e comi.
13
E disse o Senhor Deus à mulher: Por que fizeste isto? E disse a mulher: A serpente me enganou, e eu comi.
Gênesis 3: 6 - 13
Adão dissera claramente ao Senhor: "a mulher que me deste por companheira, ela me deu da árvore, e comi.".Poderia ter dito: a culpa foi dela, de Eva, mas a frase de Adão culpa a Deus em primeiro lugar: "a mulher que me deste por companheira".
Vejamos quem era Eva, do ponto de vista de Deus e não do ponto de vista do medroso e dissimulado Adão:
19
Havendo, pois, o Senhor Deus formado da terra todo o animal do campo, e toda a ave dos céus, os trouxe a Adão, para este ver como lhes chamaria; e tudo o que Adão chamou a toda a alma vivente, isso foi o seu nome.
20
E Adão pôs os nomes a todo o gado, e às aves dos céus, e a todo o animal do campo; mas para o homem não se achava ajudadora idônea.
21
Então o Senhor Deus fez cair um sono pesado sobre Adão, e este adormeceu; e tomou uma das suas costelas, e cerrou a carne em seu lugar;
22
E da costela que o Senhor Deus tomou do homem, formou uma mulher, e trouxe-a a Adão.
23
E disse Adão: Esta é agora osso dos meus ossos, e carne da minha carne; esta será chamada mulher, porquanto do homem foi tomada.
24
Portanto deixará o homem o seu pai e a sua mãe, e apegar-se-á à sua mulher, e serão ambos uma carne.
Gênesis 2: 19-24
A tradição judaíco-cristã, a despeito de toda a sorte de injustiças feitas socialmente contra as mulheres em todo o mundo, com algumas compensações sociais e legais, a mulher é sem dúvida um ser especial, do ponto de vista de Deus e do ponto e vista do homem ainda com resistência ilógica.
A palavra "ishshá", mulher, esposa, fêmea, cada uma, toda é explicada em Gênesis 2:23 e 24 e a mulher no caso é descrita como cópia física do homem, dígna de uma lealdade inabalável. A expressão "nascido de mulher ", "y lûd 'ishashâ" cujo vocábulo "ishshâ" é em sentido coletivo, denota a mortalidade humana inerente à classa fragilidade feminina em comparação com a força masculina ( ler Jó 14:; 15:14; e 25:4 )
Outra palavra suada para traduzir o vocábulo "mulher", no Antigo Testamento é "nqẽbá", fêmea, mulher, menina, e uma excessão quando usado em oposição ao vocábulo "geber", homem mostrando a contradição ou ao macho "zâkãr", válido para seres humanos e animais.
Dessa forma visto muito rapidamente a mulher foi uma doação de Deus ao homem, como ato exclusivo de amor, um presente, um grande presente, maior que o próprio Édem, o mundo enfim. Se nós sendo maus sabemos dar boas coisas a nossos filhos, quando mais o nosso Pai sabe dar boas coisas a nós os seres humanos. Deus dissera anterior a feitura da mulher por suas próprias mãos: "não é bom que o homem fique só." Logo se havia algum problema em o homem estar só, esse problema desapareceu com a companhia da mulher providenciada por Deus.
Portanto, um lugar perfeito, um par perfeito e os únicos feitos diretamente por Deus, diferentes de todos os nós descendentes diretos deles.
Uma outra oposição lógica é entre "o carnal e o espiritual", muito presente na tradição e em toda a reflexão cristã com consequências as vezes terríveis na prática cristã. O primeiro Adão, da terra, segundo Paulo e o "segundo Adão", Cristo dos céus se opõem e a confusão entre a pessoa de Jesus Cristo e a pessoa de Adão, aparentemente dá margem a alguma forma de exclusão e oposição mútua. Na verdade isso não deve ocorrer. Adão era espiritual, tinha comunhão com Deus no Édem, antes e depois da queda. Possivelmente não via a Deus físicamente, como Ele é em sua plenitude ( nenhum homem jamais viu a Deus dizem as Escrituras ) , talvez como Abraão e Sara recebera os três anjos ( o próprio Deus ).
O Senhor Jesus era chamado de comilão e beberrão, e era menos espiritual por isso? Não, evidentemente que não.
Logo o pecado , a queda, a escolha de Adão não fora causada por nenhuma deficiência que possa ser nomeada ou traduzida como argumento para que fatalmente ocorresse. Aliás a culpa se estabelece ainda mais pela falta absoluta de circunstâncias determinantes do fato em si, usando até uma terminologia jurídica.
Mas alguém pode argumentar: não haveria um "mal" latente em Adão e em Eva para que se inclinassem em cobiçar o fruto e a árvore do conhecimento do bem e do mal? Penso que não. Qualquer um de nós pode ser trapaceado por alguém que malandramente nos induza em um negócio aparentemente correto e lícito. O que Satanás fez astutamente, foi traduzir um crime, uma ilegalidade, uma proibição em algo legítimo.
Encontramos nas Escrituras ( Gênesis 3: 1-13 dando especial atenção aos verso 5 e 6 )
Gênesis 3
1 ORA a serpente era mais astuta que todas as alimárias do campo que o Senhor Deus tinha feito. E esta disse à mulher: É assim que Deus disse: Não comereis de toda a árvore do jardim?
2 E disse a mulher à serpente: Do fruto das árvores do jardim comeremos,
3 Mas do fruto da árvore que está no meio do jardim, disse Deus: Não comereis dele, nem nele tocareis, para que não morrais.
4 Então a serpente disse à mulher: Certamente não morrereis.
5 Porque Deus sabe que no dia em que dele comerdes se abrirão os vossos olhos, e sereis como Deus, sabendo o bem e o mal.
6 E vendo a mulher que aquela árvore {era} boa para se comer, e agradável aos olhos, e árvore desejável para dar entendimento, tomou do seu fruto, e comeu, e deu também a seu marido, e {ele} comeu com ela.
7 Então foram abertos os olhos de ambos, e conheceram que {estavam} nus; e coseram folhas de figueira, e fizeram para si aventais.
8 E ouviram a voz do Senhor Deus, que passeava no jardim pela viração do dia: e escondeu-se Adão e sua mulher da presença do Senhor Deus, entre as árvores do jardim.
9 E chamou o Senhor Deus a Adão, e disse-lhe: Onde estás?
10 E ele disse: Ouvi a tua voz soar no jardim, e temi, porque estava nu, e escondi-me.
11 E Deus disse: Quem te mostrou que estavas nu? Comeste tu da árvore de que te ordenei que não comesses?
12 Então disse Adão: A mulher que me deste por companheira, ela me deu da árvore, e comi.
13 E disse o Senhor Deus à mulher: Por que fizeste isto? E disse a mulher: A serpente me enganou, e eu comi.
Notemos que a mulher após inquirida por Satanás, repete para Satanás a Palavra de Deus ( com "P" e D"
maiúsculos ), proferidas pelo próprio Senhor pessoalmente, verso de Gênesis 3: 2 e 3. Contradizendo a mulher ( v4) Satanás diz a verdade ( no que Deus tinha declarado mas com ênfase diferente ) portanto dita de modo a confundir a mulher: "Deus sabe (...) que se abrirão os olhos, e sereis como Deus, sabendo o bem e o mal". A mulher olha para a árvore, possivelmente pensa, no que disse e ouviu, se confunde, e o resto todos nós sabemos.
Portanto Eva e Adão foram derrotados num jogo de astúcia, numa prova, permitida por Deus, que não interveio, como não interveio na tentação do próprio Senhor Jesus que resistiu a Satanás sozinho. Agora um detalhe e um mistério: para muitos é um paradoxo e um problema, Deus ser soberano e suas criaturas, anjos, demônios, Satanás, e nós os homens termos alguma liberdade, refutada pelo determinismo radical. Jesus era Deus, Deus conosco, deixou-se ser tentado, confundido ( não o foi, venceu a Satanás ) no mesmo confronto solitário de Eva com a antiga serpente no jardim. O Deus onipresente e onisciente não pode viver as duas experiências, a de saber e não saber, algo incompatível com a nossa lógica? Daquele dia e hora ninguém sabe, nem mesmo o Filho, somente o Pai, dissera Jesus sobre a Sua segunda vinda, e não se tratou de simples retórica ou estilo de discurso.
* Adão
: homem vermelho. Aparece no absoluto singular em 562 ocorrências no AT e favorece a uma estreita correlação entre o homem e a terra vermelha, um dos elementos a partir do qual foi formada a sua dupla constituição ( espiritual e material ) e imagina-se que esse era o tom de pele do primeiro homem sobre a terra bem parecido com a pele de indígenas da América do Sul especialmente.
Por Helvécio S.Pereira